*This post was originally published on SEOsherpa.com by James Reynolds and licensed to us for translation in Portugese
Eu acho que você vai concordar quando eu falo:
Há mais controvérsias em torno do SEO
… Do que qualquer outra coisa no marketing digital.
Isso não é estranho, considerando que temos mais de 200 fatores de classificação, mas quase todos são mantidos em segredos.
Já que o Google não compartilha o funcionamento do seu algoritmo, como você sabe o que realmente funciona?
Como você decifra os mitos do SEO e sabe o que realmente funciona?
Você usa a ciência, meu caro!
Neste post eu vou compartilhar com você 16 experimentos de SEO surpreendentes que irão mudar o que você acreditava ser verdade sobre search engine optimization.
Tenho certeza que o que você verá aqui vai mudar para sempre o que você pensava sobre SEO e vai abrir a sua cabeça para novas ideias.
Está pronto? Tudo está prestes a mudar pra você, beleza?
Ok, vamos lá:
1. Click-Through-Rate afeta o Posicionamento Orgânico (e como usar isso a seu favor)
Este primeiro experimento é fantástico.
Por muito tempo, tem acontecido uma divergência de opiniões no mundo SEO sobre Click-Through-Rate (CTR) influenciar o posicionamento de um site.
Temos algumas fortes pistas (embora não conclusivas) de dentro do próprio Google:
E os estudos da Searchmetrics têm demonstrado que CTR é um dos fatores de grande impacto no posicionamento.
(Baseado em correlação e não em causalidade)
O argumento, como mostra Jamie Richards, é que um site que recebe uma maior taxa de cliques do que os sites acima dele, pode se apresentar como um resultado mais relevante e fazer com que o Google o posicione melhor na SERP (resultados de busca).
A ideia é semelhante ao Índice de Qualidade atribuído aos anúncios do AdWords – um dos fatores determinantes do Índice de Qualidade é a taxa de cliques de um anúncio em relação aos outros.
Essa foi a experiência que Rand Fishkin da Moz se propôs a fazer.
Número Um: Experimento de Consultas e Volume de Cliques
O cenário que Rand Fishkin utilizou foi bastante simples.
- Pedir que um grupo de pessoas façam uma consulta específica no Google.
- Pedir para aquelas pessoas clicarem em um determinando resultado.
- Analisar se a quantidade de cliques naquele site era determinante para influenciar a sua posição.
Para o teste acontecer, Rand enviou este tweet para seus 264.000 seguidores do Twitter:
Care to help with a Google theory/test? Could you search for "IMEC Lab" in Google & click the link from my blog? I have a hunch.
— Rand Fishkin (follow @randderuiter on Threads) (@randfish) May 1, 2014
Com base nos dados do Google Analytics, Rand estima que 175-250 pessoas responderam à sua chamada e clicaram no resultado que ele pediu.
Veja o que aconteceu:
A página subiu para a posição #1 do Google.
Isso indica claramente (pelo menos neste caso) que o CTR influencia significativamente no posicionamento de um site.
Numa tentativa de validar esses dados, foram realizados repetidos testes que mostraram uma tendência geral de subida nos rankings quando o volume de clique para um determinado resultado aumentou.
Mas infelizmente dessa vez os resultados foram bem menos satisfatórios.
O que teria acontecido?
Rand estava achando que, em resposta ao seu teste feito publicamente mostrando que cliques podem influenciar diretamente os resultados do Google, o Google estava apertando o certo em torno desse fator particular.
Mesmo assim, ele não se intimidou…
Número Dois: Experimento de Consultas e Volume de Cliques
Com uma garrafa de Sullivans Cove durante uma pausa em uma partida da Copa do Mundo, Rand Fishkin enviou outro tweet:
What should you do during that lull in the World Cup match? Help me run a test! Takes <30 seconds: http://t.co/PxXWNlVdTi
— Rand Fishkin (follow @randderuiter on Threads) (@randfish) July 13, 2014
O tweet mostrava aos seus seguidores algumas instruções básicas que pediam aos participantes para procurar “the buzzy pain distraction” no Google, em seguida, clicar no resultado sciencebasedmedicine.org.
Aqui é onde o site aparecia antes do início do experimento:
Duas horas e meia após o tweet, um total de 375 participantes clicaram no resultado.
O resultado foi fantástico.
O site sciencebasedmedicine.org passou da posição #10 do Google para a posição #1.
Eureka!
Esse acontecimento milagroso começou como uma reção em cadeia…
E terminou com uma comemoração do próprio Rand:
Concluindo os testes, parece que o volume de cliques (ou CTR) causa impacto nos rankings de pesquisa. Embora existam algumas pessoas, como Bartosz Góralewicz que argumentam contra isso, eu acredito que isso seja verdade.
Existem várias razões por que o Google considera a taxa de cliques como um sinal de classificação, assim como conteúdo e links.
Este vídeo do Whiteboard Friday video dá uma excelente explicação por que isso acontece.
[Nota Vicente Sampaio] Eu aproveitei e fiz um vídeo com minhas considerações, que você pode conferir clicando aqui.
O resultado é positivo, CTR afeta os rankings de busca do Google.
Ótimo, até aí tudo bem.
Mas, como você pode tirar proveito disso?
Aqui estão 4 passos que você deve levar em consideração:
(1) Otimize a sua taxa de cliques – Para fazer isso, use títulos e descrições que convençam as pessoas a clicarem no seu site ao invés dos concorrentes
(2) Construa a sua marca – uma marca estabelecida e reconhecida irá atrair mais cliques. Se os usuários conhecem bem a sua marca, você terá mais destaque na SERP.
(3) Otimize o tempo de permanência – Não basta otimizar seu site para receber mais cliques, é importante que os usuários mantenham-se no seu site por um longo período. Se você consegue mais cliques, mas os usuários voltam rapidamente para os resultados do Google, quaisquer benefícios que você teve com CTR irão por água abaixo.
(4) Use métodos genuínos – Os efeitos do aumento repentino de CTR (assim como o experimento de Rand) só duram por um curto espaço de tempo. Quando as taxas de CTR voltarem ao normal, seu site provavelmente perderá posições. Use os itens 1 e 2 para conseguir resultados duradouros.
2. A Mídia Errou. O Mobilegeddon é Muito Maior
Mobilegeddon foi um nome não oficial dado à atualização do Google em relação à compatibilidade de sites com dispositivos móveis antes de seu lançamento em 21 de abril de 2015.
Era esperado que, com essa atualização, os rankings disparassem para os sites que fossem otimizados para celulares, tablets e dispositivos móveis em geral.
Era previsto que os sites não responsivos (ou não adaptados para mobile) afundassem.
Algumas pessoas chegaram a dizer que seria um evento maior que o Google Pinguim e Panda.
Durante meses, webmasters alteraram seus sites para deixar tudo em ordem. Na medida que o dia se aproximava, os proprietários de sites que ainda não estavam adaptados as dispositivos móveis entraram em pânico.
Mas o que aconteceu no dia 21 de abril de 2015? Será que milhões de sites caíram nas buscas?
Segundo a maioria dos relatos, não aconteceu muita coisa.
Claro, algumas mudanças ocorreram, principalmente no dia 22 de abril de acordo com MozCast, mas as alterações nas posições do sites foram bem menores do que a maioria dos profissionais de SEO esperava.
As opiniões dos especialistas permaneceram inalteradas, de acordo com o Search Engine Roundtable:
Mas, o que os resultados dos testes mostraram?
Eric Enge e a equipe do Stone Temple Consulting respondem…
Estudo do Impacto do Mobilegeddon
Na semana Pré Mobilegeddon, a Ston Temple analisou a classificação dos 10 melhores resultados para 15.235 buscas. Após o Mobilegeddon, eles analisaram os mesmos resultados para ver o que havia acontecido.
Eles marcaram as posições dos sites e identificaram se essas URLs eram otimizadas para dispositivos móveis ou não.
Eles descobriram isso:
As páginas não responsivas (não adaptadas para mobile) perderam posições drasticamente.
Na verdade, quase 50% de todas as páginas não responsivas perderam posições.
No geral, as páginas responsivas ganharam melhores posições.
Os dados que Eric e sua equipe reuniram em seu teste vão contra a opinião geral da imprensa.
Por que a imprensa errou?
O mais provável é que a atualização do algoritmo foi acontecendo lentamente ao longo do tempo e não imediatamente, como haviam pensado.
Além disso, outra atualização foi lançada no mesmo período do Mobilegeddon, o que pode ter atrapaplhado os efeitos do Mobilegeddon nos rankings.
Então, vamos encerrar o assunto Mobilegeddon com três pontos;
- Foi uma atualização importante.
- Se o seu site ainda não é otimizado para dispositivos móveis, o que você está esperando?
- Se você não tem certeza se o site é compatível com dispositivos móveis ou não, faça este teste.
3. “Link Echoes” ou Links Fantasmas: Como os Backlinks Funcionam mesmo após Terem Sido Deletados
O termo “link echoes” (ou links fantasmas) foi usado pela primeira vez por Martin Panayotov e Mike King do iPullRank nos comentários deste post.
Essa é polêmica.
A ideia aqui é que o Google continua considerando o valor dos links (de forma negativa ou positiva) mesmo após a remoção deles.
Isto quer dizer que se um site conseguiu subir posições no Google através de vários links apontando para ele, ele continuará lá mesmo que esses links sejam deletados?
Bom, vamos ver.
Este experimento foi feito pela equipe do Moz e fez parte de uma série de outros testes, inclusive sobre texto âncora e seus efeitos no ranking.
Os testes trouxeram algumas descobertas totalmente inesperadas.
O Efeito dos Links Fantasmas
Foram usados 2 sites nesta experiência; o Site A e o Site B.
Antes do teste, eram essas posições que eles tinham para uma palavra-chave não muito concorrida:
- Site A – posição 31
- Site B – posição 11
Durante o teste, 22 links de vários sites foram apontados tanto para o Site A, quanto para o Site B.
Ambos os sites, que receberam 22 links cada, subiram de posição:
- O Site A passou da posição 31 para a posição 1 (um ganho de 30 posições)
- O Site B passou da posição 11 para a posição 5 (um ganho de 6 posições)
No geral, os 2 sites subiram consideravelmente de posições com a adição dos links.
Mas o que aconteceu quando os links foram removidos?
Resposta. Quase nada.
O Site A continuou na posição #1..
O Site B caiu ligeiramente para a posição 6 (uma queda de apenas 1 posição).
Esta experiência confirma a hipótese.
Parece que o peso dos links se mantêm mesmo depois de serem removidos.
Mas isso pode ter sido um caso isolado?
Não de acordo com Rand Fishkin:
O efeito dos testes mostrou que os sites permaneceram nas mesmas posições por muito tempo após os links serem removidos. Isso aconteceu em cada teste realizado e eu estou muito confiante que não houveram outros fatores que possam causar ter influenciado. Colocamos links, o site subiu. Tiramos os links, as posições dos sites permaneceram.
Aqui está a parte mais espantosa…
Os sites não permaneceram bem posicionados apenas por poucos dias.
Eles permaneceram posicionados meses após os links serem removidos.
Na época deste vídeo os resultados mantiveram-se por cerca de 4 meses.
Além disso…
“Não teve um único teste em que os links foram removidos e o site caiu de volta para sua posição original”, diz Rand Fishkin.
Há várias lições que você pode aprender com isso, mas eu vou deixar estas duas:
(1) Links de qualidade valem ouro. Backlinks são um ótimo investimento para seus projetos e podem lhe dar retorno por muito tempo. O “eco” que os links deixam mesmo após serem removidos, continuam gerando benefícios no posicionamento de um site, como vimos no experimento.
(2) O peso dos links permanecem por muito tempo. Portanto, antes de tentar conseguir links sem nenhum critério de qualidade, tome muito cuidado, pois o impacto negativo deles pode continuar por meses (ou até anos) mesmo que você os exclua.
Resumindo. Invista seu tempo para construir links de qualidade para o seu site.
Assim como links podem ajudar o seu site, eles podem prejudicá-lo caso não saiba o que está fazendo.
Quer um post completasso sobre backlinks?
Esse talvez seja o maior e mais completo post da internet sobre ideias de link building e merece ser visitado.
4. Você Pode Posicionar seu Site com Conteúdo Duplicado. Funciona Para Palavras de Alta Concorrência
O que estou prestes a compartilhar é algo que pode funcionar por apenas um curto período. Mas o fato é que funciona e muito bem.
Primeiro vamos à teoria.
Quando houver dois conteúdos iguais na internet, o Google irá escolher aquele com maior PageRank e usá-lo nos resultados de busca.
E por que isso acontece?
A menos que tenha alguma boa razão para existir dois ou mais conteúdos iguais na internet, só há necessidade de haver um.
E por que você deve se importar com isso?
Isso significa que se você estiver criando conteúdo exclusivo e de qualidade (que irá atrair compartilhamentos e links) você deverá ficar bem posicionado.
A má notícia (para as boas pessoas, pelo menos) é que isso nem sempre acontece.
Na maioria das vezes o que acontece é que sites de autoridade ultrapassem sites menores, mesmo copiando seu conteúdo.
Foi isso que o Dan Petrovic da Dejan SEO decidiu testar em seu famoso experimento chamado SERPs hijack.
Usando quatro páginas separadas, o teste foi feito copiando conteúdos a partir dos resultados do Google e usando em páginas de PageRank maior que as originais.
Veja o que aconteceu:
- Em todos os 4 testes, os sites com PR maior ultrapassaram os sites originais na busca.
- Em 3 dos 4 casos, a página original foi removida dos resultados.
Os testes provaram que uma página com PageRank maior tem capacidade para passar uma página com PageRank menor, mesmo com conteúdo copiado.
Abaixo você vê uma imagem que mostra que o resultado copiado do Rand Fishkin aparece melhor posicionado que o site oficial do Rand.
A pergunta é, o que você pode fazer para evitar que o seu próprio conteúdo seja copiado e você fique para trás?
Na verdade não há garantia que você consiga evitar que seu conteúdo seja duplicado, mas existem algumas medidas que você pode tomar para se defender dos plagiadores:
(1) Adicionar a tag rel = “canonical” no seu conteúdo: <link rel=”canonical” href=”url-canonica.html” />
(2) Crie links para outras páginas do seu site.
(3) Adicionar o Google Authorship Markup ao seu conteúdo.
(4) Verifique regularmente se há conteúdo duplicado usando uma ferramenta como Copyscape.
Cuidado, plagiadores!
Não é por que o Google pode posicionar melhor seu site com conteúdo copiado, que você deve fazer isso.
Além de ser antiético, o plágio de conteúdo pode lhe causar grandes dores de cabeça.
Pouco tempo depois de realizar o experimento, Dejan SEO recebeu uma mensagem de aviso na sua conta do Google Search Console.
A mensagem dizia que o domínio dejanseo.com.au estava com conteúdo copiado. Ao mesmo tempo, os resultados do seu site pararam de ser mostrados na SERP.
Dan foi obrigado a remover as páginas do teste, a fim de resolver o problema de conteúdo duplicado apontado pelo Google.
Mesmo que você consiga bater seus concorrentes copiando conteúdo deles, talvez não seja uma boa ideia fazer isso.
Rolene Baciao diz
Muito bom esse artigo eu já havia lido ele em inglês e testei o poder de CTR pedindo para meus amigos e para os que faziam parte da fã page do meu blog para clicarem em um artigo que encontrava-se na sétima posição da quarta página do Google. Depois de 47 Cliques no artigo que se encontrava na 7a posicão da quarta pagina subiu para 3 posição. Realmente o CTR é uma das coisas que o Google leva muito em conta. Aqui esta a mensagem que eu mandei no grupo: Peço que vá no Google e digite COMO USAR O PODER DA MENTE. depois vá até a 4 pagina encontrarás um artigo com o seguinte titulo: Como usar o poder da mente (passo a passo garantido). por fim clica e lê o artigo depois deixe um comentário se possível partilhar. Serei muito grato!
O resultado é muito rápido eu sai da sétima posição para terceira em menos de 3 horas de tempo. hehehe é incrível. Irei escrever um artigo em meu blog: tudosobreseo.info falando sobre esse case em breve.
Forte Abraço Tio Vi
Excelente artigo!
Rodolfo diz
Muito bom Vicente.
O experimento nº 3 ainda não conhecia e achei top.
Realmente um link pode fazer grandes estragos no seu site.
Abraço
Roberto diz
Olá Vicente, tudo bem? Estou com DA 14 e PA 1 em quase todas as páginas do meu site ( /vizive.com.br/) você recomenda usar a estratégia Web 2.0? Abraços
Vicente Sampaio diz
Use com moderação e se souber muito bem o que está fazendo 🙂
JOT diz
conteúdo técnico e com grande valor… o velho e bom link building… fazendo grandes estragos para bem para mal… e o que dizer do link (pointblankseo.com/link-building-strategies) que vc indicou? só essa indicação já valeria de um post, ou curso, rs rs .. por +essa confirma que vale a pena ser teu seguidor
Vicente Sampaio diz
Obrigado. Sucesso!
Camilo Sena diz
show de bola Vicente, muito obrigado conteúdo excelente
abraço
Cesar diz
Muito bom Vicente! Faz 3 dias que conheci teus trabalhos…E lendo bastante aqui :)…Percebi que sei site em todas as abas possui categorias e após descrição (url amigável)…A categoria ajuda na posição?? ex: seo/experimentos-seo… Abração meu caro!!
André Gurgel diz
Muito bom artigo científico, tio Vi!
Ainda consigo redigir um bom texto como esse seu aí. Showwwww.
Abração brother.
willian souza diz
Eu sempre estou ligado nos comteudos do Vicente, aprendir muito sobre SEO, e estou colocando em pratica eu ja tenho meu site .com hospedado e vou criar meus comteudos. Sei que falta muito .Abraço
Marcos diz
Olá
Ótimo então podemos usar o Ctr para ranquear o site, o grande problema isso será sempre forjado pois se o seu site esta na 10 posição os que estão nas primeiras posições vão sempre ter o maior ctr
Vicente Sampaio diz
Você pode ter uma chamada melhor que os outros sites e começar a ganhar mais cliques. O Google entenderá e poderá melhorar seu ranking.
Clóvis Soares diz
Olá, Vicente!
Conheci seu blog há pouco tempo e achei ele muito rico em conteúdo de qualidade, que realmente agrega valor às pessoas. Você possui conteúdos e artigos sobre assuntos que poucas pessoas mostram, isso é incrível!
Parabéns pelo blog!
Um abraço!
Filipe Adon diz
Uall, minha cabeça tá saindo fumaça! Muito bom esse artigo. Agora vou buscar a parte 2!
Vicente Sampaio diz
haha isso aí. Abraço!